domingo, 27 de abril de 2008

Revolução

Realmente o mundo avança rapidamente. Economicamente falando, as mudanças são consideráveis em quase todos os aspectos, principalmente quando nos referimos ao termo "globalização", pois afinal de contas viramos refém desta malha mundial de acontecimentos. O que vemos hoje é uma economia mundial amarrada, onde qualquer crise que ocorra em algum lugar do mundo cede vez a uma instabilidade imediata prejudicando grandes economias e mercados de tal forma que ficou quase impossível vivermos nossa vida individualmente, sem nos preocuparmos com o preço do dólar, com o barril de petróleo, com a crise hipotecária americana, com a escassez de alimentos (alguns culpam a produção e subsídios ao biodiesel), com as doenças (vaca louca, gripe aviária entre outras) e com as catástrofes naturais. Por outro lado, se todos estes aspectos podem arruinar corporações e países em pouco tempo, o que vemos em contrapartida é a abundancia de oportunidades que surgem devido a este mesmo fenômeno. Por exemplo, por anos Bill Gates foi o homem mais rico do mundo, mesmo doando metade de sua riqueza pessoal, lá estava ele no topo da lista da Forbes, anualmente. Recentemente ele foi substituído na lista pelo Mexicano dono de grandes empresas de telecomunicações no México, Brasil e países da América Latina, Carlos Slim, e este por sua vez mal chegou a esquentar o banquinho e já cedeu lugar ao americano, grande especulador, Warren Buffett (e quem diria, chegou a este posto porque investiu secretamente boa parte do capital de suas empresas na moeda brasileira, isso mesmo, no Real). Outro exemplo: até pouco tempo atrás as marcas mais valiosas do mundo se revezavam entre Microsoft e Coca-Cola, mas isso mudou recentemente quando a mega corporação criada por 2 amigos num projeto de doutorado dominou o mundo "www". Hoje a marca Google é avaliada em 86 bilhões de dólares a frente (e de longe) da segunda colocada, que não é nem Microsoft nem Coca-Cola, mas sim a gigante fabricante de eletrônicos, equipamentos hospitalares e mais outras 50 áreas de atuação, a GE. Esta consolidação do Google como marca mais valiosa do mundo só foi possível devido a um fator: a credibilidade na internet. Credibilidade conquistada devido a profissionalização do setor e aos investimentos concisos e planejados, diferentemente do que ocorreu na década passada em quase todo o mundo.
Comparado aos dias de hoje, o que aconteceu em meados dos anos 90, foi apenas o tiro de largada para um verdadeiro boom da internet.
Quando surgiu, a internet prometia ser a bola da vez para qualquer empresa que pretendesse conquistar posição no mercado. O que vimos foram ações impensadas, totalmente sem planejamento. Simplesmente as empresas queriam estar presentes na internet mas sem saber ao certo "por quê" e "como", uma vez que esta nova mídia apresentava inúmeras possibilidades. Poucas foram as empresas que se aventuraram e sobreviveram, grande parte naufragou mais rápido que o Titanic e os projetos subsequentes que apresentavam ao investidor oportunidades no mundo online passaram a ser observados e analisados com cautela e prudência. Como disse Albert Einstein, "No meio da dificuldade, encontra-se a oportunidade", e é justamente aí que começa a era dourada da internet. Hoje, torna-se impossível imaginar a vida comum, a rotina diária, sem utilizarmos qualquer ferramenta que não seja vinculada a internet. Pode-se citar inúmeras funções que passaram a ser corriqueiras e até mesmo predominantes em nosso cotidiano. O email passou a ser a principal forma de comunicação com qualquer indivíduo ao redor do mundo, agências de notícias como Reuters passaram a exercer forte presença global graças ao advento da internet, até mesmo grandes empresas de diferentes áreas de atuação enxergam na internet, o principal canal para comunicação direta com seus clientes. Um exemplo disso é a realização de promoções frequentes de compra de passagens áreas somente para quem adquirir os trechos áereos em seus portais de e-commerce. Bancos, Enciclopédias Digitais, Sites de Busca, Lojas Virtuais, Portais e muitos outros segmentos investiram em tecnologia, segurança, atendimento, e hoje colhem resultados maciços de quem enxergou na internet um poderoso catalisador financeiro.
Entre as revoluções recentes da internet, as que possuem grande relevância são: Skype, Orkut, YouTube, Google, Twitter, Facebook, Itunes, MySpace. Se observarmos qual a relação entre todos estes serviços, os 2 pontos principais são "a produção de Self-content (auto-conteúdo)" e "a sociabilização de indivíduos". Dos exemplos citados, somente o Itunes é visto como um grande player de e-commerce (mas não podemos esquecer que isso só foi possível devido a um gênio juvenil, que lá atrás teve a idéia e competência de criar o MP3 e subsequentemente o Napster). Com um leque de novos serviços sendo oferecidos aos internautas, as empresas não poderiam posicionar-se diferentemente senão adequando-se ao novo perfil de seus consumidores, com isso surge a profissão do futuro: o "mediador de mídias sociais". Dados recentes apontam que o blog será a principal ferramenta de interação entre marcas, produtos e clientes. Portanto se uma empresa tem a intenção de firmar-se neste meio online, nada melhor do que prover atendimento especializado ao seu público neste ambiente promissor. Empresas como Nike, Boticário, Natura entre outras, já dispõem de profissionais para atendimento direto aos blogueiros, orkuteiros, e demais veículos vinculados ao mundo virtual. Ainda há despreparo, como houve no caso da Nike dias atrás no qual a empresa foi acusada de fornecer prêmios para os blogueiros que exacerbassem positivamente a recuperação de Ronaldo Fenômeno e produtos da marca. A Nike questionada, afirmou que não ofereceu tal prêmio, e a agência responsável por esta ação online demitiu o funcionário que divulgou essa tal premiação. Ainda será necessário muito treinamento a estes funcionários, pois as situações que possam vir a surgir são inúmeras, e para que as marcas nem os produtos sejam prejudicados, será preciso estipular políticas e éticas de atuação neste segmento.
Outro fator importante, e que considero como um marco, é de que pela primeira vez a Internet passou a ser o principal meio de comunicação em um país a frente da televisão (que é predominante no mundo todo). No Reino Unido, a internet já ultrapassou a TV como mídia mais utilizada pelos britânicos, fato inédito. Portanto, o que podemos deduzir é que a fatia de verba publicitária destinada ao meio online certamente tende a crescer cada vez mais. Diferentemente da TV ou outros meios de comunicação, a internet possibilita a interação imediata com campanhas, produtos e marcas. Campanhas de marketing viral são cada vez mais utilizadas, e até mesmo no Brasil, esta novidade já está ganhando proporção.
Referindo-se ao Brasil, já somos bem a frente da França, o país com maior tempo de permanência individual na internet, e não bastando, nossas crianças também são as que mais acessam conteúdo online. Ainda há muito para ser melhorado, não há dúvidas, começando pela criação de planos acessíveis a conexão banda larga. Enquanto não houver uma ação de popularização aos serviços de conexão broadband, a famosa inclusão digital ainda levará tempo para ocorrer em âmbito nacional, mas o que já podemos ver enquanto isto não acontece é que potencial para sermos a nação "digital" do futuro já temos, isto é fato!

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Um comentário:

Anônimo disse...

Deixa do céu, mas que cabeção!!!
bom... brincadeiras à parte, parabéns pelo blog. Mandando muito bem quando o texto é sério ou quando é brincadeira.

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